Raúl de Tomás, novo reforço do Al Wakrah para a época 2025/26, abriu o jogo numa entrevista ao jornal AS sobre os motivos que o levaram a deixar o Espanyol. E não poupou críticas ao treinador Diego Martínez, atualmente ao serviço do Las Palmas.
«Se pudesse, teria terminado a carreira no Espanyol, mas isso tornou-se impossível com a chegada de Diego Martínez. Desculpem a expressão, mas ele veio para me tramar. Esse senhor chegou com o claro objetivo de me afastar, mesmo quando eu era o melhor jogador do plantel, vinha da seleção e atravessava o melhor momento da minha carreira. Ele usou todas as suas armas para me afundar», afirmou o avançado, que passou pelo Benfica na temporada 2019/20, então sob comando de Bruno Lage.
A passagem de Raúl de Tomás pelo Espanyol teve altos e baixos. Chegou numa fase conturbada do clube, mas rapidamente conquistou os adeptos com os seus golos e entrega. Ao longo de três épocas, somou 45 golos em 89 jogos, tornando-se uma referência em campo. Contudo, a sua saída para o Rayo Vallecano foi envolta em polémica: a transferência não foi concluída a tempo e o avançado ficou seis meses sem competir — situação pela qual responsabiliza diretamente Diego Martínez.
«Para mim, ele é um treinador cobarde. Só quer peões, jogadores sem personalidade. Um treinador, por vezes, precisa apoiar-se nos seus jogadores — sobretudo nos mais experientes —, mas ele não sabe lidar com isso. Chegou ao clube e arruinou tudo. Fiquei fora do mercado, seis meses sem jogar no Rayo, depois de ter estado no topo. Ele provocava-me, queria que eu reagisse para justificar uma eventual expulsão», denunciou.
Agora com uma nova oportunidade na carreira, Raúl reencontra-se com Vicente Moreno, treinador com quem viveu as melhores fases da sua passagem pelo Espanyol, entre 2020 e 2022. A expectativa é de um reencontro produtivo no Al Wakrah, no Qatar, onde espera voltar aos golos e à estabilidade.
